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Citation

Sousa KM, Oliveira WIF, Alves EA, Gama ZADS. Rev. Saude Publica 2017; 51: e54.

Affiliation

Departamento de Saúde Coletiva. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal, RN, Brasil.

Copyright

(Copyright © 2017, Faculdade de Higiene e Saude Publica)

DOI

10.1590/S1518-8787.2017051006429

PMID

28658365

Abstract

OBJECTIVE: Evaluate the level of access to physical rehabilitation for survivors of traffic accidents and the associated factors.

METHODS: A cross-sectional study performed in Natal, Northeastern Brazil, through a telephone survey of 155 victims of traffic accidents admitted to an emergency hospital between January and August of 2013, with a diagnosis of fracture, traumatic brain injury or amputation. Participants were identified in the database of the reference hospital for care of traffic accident victims. We calculated point estimates and confidence interval (95%CI) for the frequency of subjects who had access, in addition to multivariate analysis (logistic regression) between access (dependent variable) and sociodemographic, clinical, and assistance variables.

RESULTS: Among the 155 respondents, the majority were adolescents and adults between 15-29 years of age (47.7%), men (82.6%), education up to high school (92.3%), income of up to two minimum wages (78.0%) and bikers (75.5%). Although 85.8% of traffic accident survivors reported the need for physical rehabilitation, there was little access (51.6%; 95%CI 43.7-59.4) and a delay to start the physical rehabilitation (average = 67 days). We classified factors associated with access to physical rehabilitation as: (i) unmodifiable individuals in the short term - family income greater than two minimum wages (OR = 3.7), informal worker (OR = 0.11) or unemployed (OR = 0.15) and possession of a private health care plan (OR = 0.07); and (ii) assistance modifiable by service management - written referral for physical rehabilitation (OR = 27.5) and perceived need of physical rehabilitation (OR = 10).

CONCLUSIONS: This study found a low and slow access to physical rehabilitation for individuals potentially in need. The associated factors were the organizational processes of health care (health information and referral) and social determinants (income, occupation and private health care plan). OBJETIVO: Avaliar o nível de acesso à reabilitação física para sobreviventes de acidentes de trânsito e seus fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal realizado em Natal, Nordeste do Brasil, com inquérito telefônico a 155 vítimas de acidentes de trânsito atendidos no hospital de emergência, entre janeiro e agosto de 2013, com diagnóstico de fratura, traumatismo cranioencefálico ou amputação. Os participantes foram identificados no banco de dados do hospital referência para atendimentos de acidentes de trânsito. Calculou-se a estimativa pontual e o intervalo de confiança (IC95%) da porcentagem de acesso e tempo para acesso, além de análise multivariada (regressão logística) entre o acesso (variável dependente) e as variáveis sociodemográficas, clínicas e assistenciais. RESULTADOS: Entre os 155 entrevistados, predominaram jovens e adultos de 15-29 anos (47,7%), sexo masculino (82,6%), escolaridade até o ensino médio (92,3%), renda de até dois salários mínimos (78,0%) e motociclistas (75,5%). Embora 85,8% dos sobreviventes de acidentes de trânsito tivessem relatado a necessidade de reabilitação física, houve baixo acesso geral (51,6%; IC95% 43,7-59,4) e demora para início da reabilitação física (média = 67 dias). Os fatores associados ao acesso à reabilitação física classificaram-se em: (i) individuais não modificáveis em curto prazo - renda familiar maior que dois salários mínimos (OR = 3,7), ser trabalhador informal (OR = 0,11) ou desempregado (OR = 0,15) e ter plano privado de saúde (OR = 0,07); e (ii) assistenciais modificáveis pela gestão do serviço - encaminhamento escrito para reabilitação física (OR = 27,5) e necessidade percebida de reabilitação física (OR = 10). CONCLUSÕES: Este estudo encontrou um baixo e demorado acesso à reabilitação física para indivíduos potencialmente necessitados. Os fatores associados foram os processos organizativos dos cuidados em saúde (encaminhamento e informação em saúde) e os determinantes sociais (renda, ocupação e plano privado de saúde).


Language: pt

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