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Journal Article

Citation

Lima RS, Rodrigues AA. Rev. Bras. Enferm. 2024; 77(4): e770401.

Vernacular Title

A enfermagem pode contribuir para redução da mortalidade por acidentes por transporte terrestre?

Copyright

(Copyright © 2024, Associacao Brasilerira de Enfermagem)

DOI

10.1590/0034-7167.2024770401

PMID

38985091

Abstract

Morbidity and mortality from external causes, especially those resulting from land transport accidents (LTA), persist as a global challenge, given that they account for around 2 million lives lost annually, impacting various segments of society, especially in health services and systems(1).

Evidence indicates that LTA are preventable, although historically they have been considered inevitable. However, isolated actions are commonly not effective and require intersectoral measures, with convergence of efforts from sectors such as urban, financial, legal and health planning(1).

In the Brazilian context, the scenario is no different. Since the 1970s, the country has faced increasing mortality rates due to factors such as an increase in the motorcycle fleet, precarious road network, with maintenance and signage problems, excessive speed, and persistent infractions, such as driving under the influence of alcohol(2).

Faced with this reality, the United Nations (UN) set the goal, included in the third Sustainable Development Goal (SDG), to reduce deaths and injuries from traffic accidents by half by 2020(3).

Despite initiatives to mitigate the effects of LTA, Brazil needs to move forward in implementing actions aimed at preventing injuries, as well as providing adequate support for assistance and recovery of victims.

This challenge demands a multifaceted approach, considering regional inequalities characteristic of a nation of continental proportions(4). This implies the need for a careful understanding of the factors intrinsic to risk behavior in traffic(5). In fact, it is not possible to propose simple solutions to such complex problems; it is necessary to consider a variety of resources to achieve systemic solutions.

This overview awakens reflections on nursing potential to contribute to reduce mortality related to LTA when analyzing the interface between the health field and the problem at hand.

It is considered that nursing, among health professions, has the greatest capillarity, and its workforce is a critical component for the functioning of health care services and systems(6). From this perspective, its actions are fundamental for intersectoral integration and can represent a valuable resource for advances, particularly in LTA primary and tertiary prevention.

In this regard, within the scope of primary prevention, nursing actions in the field of school education, resulting from a partnership between Primary Health Care and the education sector, can be a tool to encourage new learning that translates into safer traffic behaviors, particularly in relation to children.

Regarding tertiary prevention, i.e., in the initial care for traffic victims, nursing also stands out as an essential human resource. Professionals in the area are included in all segments of the Emergency Care Network (RAU), ranging from Family Health Strategies (FHS) and Mobile Emergency Care Service (SAMU-192), with its Basic, Intermediate (in some locations) and Advanced Life Support Units, to emergency hospital doors(7). Therefore, it can be inferred that initial care for LTA victims is sometimes dependent on the nursing workforce, especially in difficult to access locations, which in Brazil is aggravated by geographic and population differences.

It is considered, therefore, that if reduced mortality due to LTA is inseparable from the quality of initial care for victims and, in this care, the nursing team is fundamental, consequently the quality of worker training is a crucial point in improving indicators.

It is not intended to state that such a challenging goal can be achieved solely with educational strategies, but we cannot lose sight of the fact that the expected improvements necessarily involve this axis of actions, which, for the area, implies recognizing the need for advances in emergency nursing knowledge and practices, in addition to micro and macropolitical efforts to guarantee the adequate preparation of future professionals and those who already work in the field.


Language: pt

Vernacular Abstract

A morbimortalidade por causas externas, especialmente a decorrente dos acidentes por transporte terrestre (ATT), persiste como um desafio global, haja vista que é responsável por cerca de 2 milhões de vidas perdidas anualmente, impactando vários segmentos da sociedade, sobretudo nos serviços e sistemas de saúde(1).

As evidências indicam que os ATT podem ser preveníveis, embora historicamente sejam considerados inevitáveis. Contudo, ações isoladas comumente não são efetivas e exigem medidas intersetoriais, com convergência de esforços de setores, como planejamento urbano, financeiro, jurídico e da saúde(1).

No contexto brasileiro, o cenário não é diferente. Desde a década de 1970, o país tem enfrentado taxas de mortalidade crescentes, decorrentes de fatores como aumento da frota de motocicletas, malha viária precária, com problemas de manutenção e sinalização, excesso de velocidade e infrações persistentes, como direção sob efeito de álcool(2).

Diante dessa realidade, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu como meta, inserida no terceiro Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), a redução pela metade das mortes e lesões por acidentes de trânsito até 2020(3).

Apesar das iniciativas para mitigar os efeitos dos ATT, o Brasil precisa avançar na implementação de ações que visem à prevenção dos agravos, bem como ao adequado aporte para assistência e recuperação das vítimas.

Esse desafio demanda uma abordagem multifacetada, considerando as desigualdades regionais características de uma nação de proporções continentais(4). Isso implica a necessidade de uma compreensão cuidadosa acerca dos fatores intrínsecos ao comportamento de risco no tráfego(5). De fato, não é possível propor soluções simples para problemas tão complexos; é preciso que se considere uma variedade de recursos para o alcance de soluções sistêmicas.

Esse panorama desperta reflexões sobre a potencialidade da enfermagem de contribuir com o objetivo de reduzir a mortalidade relacionada aos ATT, quando analisada a interface do campo da saúde com a problemática em tela.

Considera-se que a enfermagem, entre as profissões de saúde, possui a maior capilaridade, e sua força laboral é um componente crítico para o funcionamento dos serviços e sistemas de atenção à saúde(6). Nessa perspectiva, suas ações são fundamentais para integração intersetorial e podem representar um recurso valioso para avanços, particularmente na prevenção primária e terciária dos ATT.

Nesse sentido, no âmbito da prevenção primária, as ações de enfermagem no campo da educação escolar, resultantes de parceria entre a Atenção Primária à saúde e o setor de educação, podem configurar ferramenta para fomentar novas aprendizagens que se traduzam por comportamentos mais seguros no trânsito, particularmente em relação ao público infantil.

No que tange à prevenção terciária, ou seja, na atenção inicial às vítimas de trânsito, a enfermagem também se desponta como recurso humano imprescindível. Os profissionais da área inserem-se em todos os segmentos da Rede de Atenção às Urgências (RAU), perpassando desde as Estratégias Saúde da Família (ESF) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192), com suas Unidades Básicas, Intermediárias (em algumas localidades) e Avançadas de Suporte à Vida, até as portas hospitalares de urgência(7). Dessa forma, pode-se inferir que o atendimento inicial às vítimas de ATT, por vezes, é dependente da força de trabalho da enfermagem, de modo especial em localidades de difícil acesso, o que no Brasil é agravado pelas diferenças geográficas e populacionais. ...

Keywords

Humans; Brazil/epidemiology

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