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Flechner S. Rev. bras. psicanál 2019; 53(4): 83-101.

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Abstract

Ao considerar o adolescente e sua tentativa ou consumação de suicídio, enfrentamo-nos com duas grandes problemáticas: por um lado, o desejo de morte ou a morte; por outro, a adolescência como trânsito da vida, no qual o adolescente nos confronta de maneira contínua. Uma relação destrutiva com sua psique e com seu corpo ou ataques contra ele mesmo que se manifestam por meio de condutas autodestrutivas podem eclodir na adolescência, pondo em xeque as bases narcisistas sobre as quais se apoia um psiquismo sumamente frágil, que o conduz a realizar ações - de forma consciente ou inconsciente - que atentam contra a sua vida. Do nosso lugar profissional, o trabalho analítico com esses jovens nos compromete e desafia na maioria das vezes, conduzindo-nos por caminhos altamente perigosos, em que nossos próprios pontos de referência podem dissipar-se. O trabalho com os afetos é o que mobiliza o analista, porque o processo representativo pode não ser forte o suficiente para ser expresso e contido. O material clínico que se apresenta neste trabalho tenta explicitar algumas das situações que aparecem na adolescência, que nesse caso compõem a vida, a sexualidade e a morte.

Language: pt

Keywords

Suicide; Violence; Aggression; Adolescence; Suicidio; Sexuality; Passage to the act; Passage à l'acte; Suicídio; Adolescencia; Adolescência; Violencia; Violência; Agression; Agresión; Passagem ao ato; Agressividade; Sexualidade; Sexualidad, pasaje al acto; Sexualité