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Carvalho AC. Psicanál. univ 1999; (11): 9-24.

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Abstract

A partir de uma breve exposição da teorização freudiana sobre a sublimação, este artigo tem por objetivo examinar o alcance e os limites desse conceito. O que se propõe é uma discussão dos aspectos destrutivos operando no interior da criação literária, aspecto insuspeitado que aparece para questionar a eficácia da sublimação no quadro dos destinos pulsionais, a menos que a sublimação seja compreendida sob a luz do ponto de vista econômico. Nesse sentido, é feita uma comparação entre a escrita de dois poetas suicidas da contemporaneidade, Paul Celan e Sylvia Plath, a fim de ilustrar o que, neste artigo, é descrito como uma poética do suicídio. Considerada no campo das intensidades pulsionais que os arranjos sublimatórios procuram dominar, essa poética revela os relativos e variados distanciamentos assumidos pela escrita literária em relação à fonte pulsional.

Language: pt