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Citation

Andrade LFS, Rezende AF. Cad. EBAPE.BR 2023; 21(2): e2022.

Copyright

(Copyright © 2023, Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Emp)

DOI

10.1590/1679-395120220122x

PMID

unavailable

Abstract

This article proposes developments between socio-spatial formation as a manifestation of structural racism with mass incarceration and violence against the Black population in a geography of survival, which can bring contributions to the spatial turn in organizational studies. We start from a consideration of social space, city, and race, indicating that Black peoples' right to inhabit and live in the city is strongly affected by structural racism. Therefore, the question isn't "how is the structure of everyday life in the city?" but "how is it possible for Black people to live in the city?" The literature on race and city indicates soft areas, hard areas, and Black spaces. Mass incarceration and violence against Black people, also exposed in police approaches, dates back to the history of enslavement, a constituent element of cities, in the classification of corporeality, a limiting factor for the Black population to appropriate and participate in the city. Thus a spatial perspective of the racial relations in the city denotes how the urban space is produced today.

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O objetivo deste artigo é propor desdobramentos entre a formação socioespacial como manifestação de um racismo estrutural, com o encarceramento em massa e a violência contra a população negra, numa geografia de sobrevivência a qual pode trazer contribuições para a virada espacial nos estudos organizacionais. Partimos de uma consideração de espaço social, cidade e raça que indica que o direito de habitar e viver na cidade de homens e mulheres negros é fortemente afetado pelo racismo estrutural. Dessa forma, não se deve colocar a questão de "como se dá a estrutura da vida cotidiana na cidade" e, sim, indagar "como é possível para os negros viverem na cidade". A literatura sobre raça e cidade indica a existência de áreas moles, áreas duras e espaços negros. O encarceramento em massa e a violência contra homens e mulheres negros, exposta também nos dados sobre abordagens policiais, remonta ao histórico de escravização, elemento constituinte das cidades na classificação da corporeidade, fator limitante para que a população negra possa se apropriar e participar dos rumos da cidade. Logo, essa perspectiva espacial das relações raciais na cidade denota como hoje se produz o espaço urbano.

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El objetivo de este artículo es proponer desarrollos entre la formación socioespacial como manifestación del racismo estructural, con el encarcelamiento masivo y la violencia contra la población negra, en una geografía de la supervivencia que puede traer aportes para el giro espacial en los estudios organizacionales. Partimos de una consideración sobre espacio social, ciudad y raza que indica que el derecho de hombres y mujeres negros a habitar y vivir en la ciudad está fuertemente afectado por el racismo estructural, por lo tanto, no se cuestiona "¿cómo se da la estructura de la vida cotidiana en la ciudad?" sino "¿cómo es posible que los negros vivan en la ciudad?". La literatura sobre raza y ciudad indica la existencia de áreas blandas, áreas duras y espacios negros. El encarcelamiento masivo y la violencia contra hombres y mujeres negros ‒también expuesta en los datos sobre abordajes policiales‒ se remontan a la historia de la esclavitud, elemento constitutivo de las ciudades en la clasificación de la corporeidad, factor limitante para que la población negra pueda apropiarse y participar del destino de la ciudad, por lo que una perspectiva espacial de las relaciones raciales en la ciudad denota cómo se produce hoy el espacio urbano.


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