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Citation

Mendonça MFS, Ludermir AB. Rev. Saude Publica 2017; 51: e32.

Affiliation

Departamento de Medicina Social. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Pernambuco. Recife, PE, Brasil.

Copyright

(Copyright © 2017, Faculdade de Higiene e Saude Publica)

DOI

10.1590/S1518-8787.2017051006912

PMID

28423141

Abstract

OBJECTIVE: To investigate the association of intimate partner violence against women reported in the last 12 months and seven years with the incidence of common mental disorders.

METHODS: A prospective cohort study with 390 women from 18 to 49 years, registered in the Family Health Program of the city of Recife, State of Pernambuco; from July 2013 to December 2014. The Self Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20) assessed mental health. Intimate partner violence consists of concrete acts of psychological, physical or sexual violence that the partner inflicts on the woman. Poisson regression was used to estimate crude and adjusted relative risks (RR) of the association between common mental disorders and intimate partner violence.

RESULTS: The incidence of common mental disorders was 44.6% among women who reported intimate partner violence in the last 12 months and 43.4% among those who reported in the past seven years. Mental disorders remained associated with psychological violence (RR = 3.0; 95%CI 1.9-4.7 and RR = 1.8; 95%CI 1.0-3.7 in the last 12 months, and seven years, respectively), even in the absence of physical or sexual violence. When psychological violence were related to physical or sexual violence, the risk of common mental disorders was even higher, both in the last 12 months (RR = 3.1; 95%CI 2.1-4.7) and in the last seven years (RR = 2.5; 95%CI 1.7-3.8).

CONCLUSIONS: Intimate partner violence is associated with the incidence of common mental disorders in women. The treatment of the consequences of IPV and support for women in seeking protection for themselves for public services is essential. OBJETIVO: Investigar a associação da violência por parceiros íntimos relatada contra as mulheres nos últimos 12 meses e últimos sete anos com a incidência dos transtornos mentais comuns. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo com 390 mulheres de 18 a 49 anos, cadastradas no Programa Saúde da Família da cidade do Recife, PE, entre julho de 2013 e dezembro de 2014. A saúde mental foi avaliada pelo Self Reporting Questionnaire-20 (SRQ-20). A violência por parceiro íntimo foi definida por atos concretos de violência psicológica, física ou sexual infligidos à mulher pelo parceiro. A regressão de Poisson foi utilizada para estimar os riscos relativos (RR) brutos e ajustados da associação entre transtorno mental comum e violência por parceiro íntimo. RESULTADOS: A incidência dos transtornos mentais comuns foi de 44,6% entre as mulheres que relataram violência nos últimos 12 meses e de 43,4% nas que relataram violência nos últimos sete anos. Os transtornos mentais mantiveram-se associados à violência psicológica (RR = 3,0; IC95% 1,9-4,7 e RR = 1,8; IC95% 1,0-3,7 nos últimos 12 meses, e sete anos, respectivamente), mesmo na ausência de violência física ou sexual. Quando a violência psicológica esteve combinada com violência física ou sexual, o risco dos transtornos mentais comuns foi ainda mais elevado, tanto nos últimos 12 meses (RR = 3,1; IC95% 2,1-4,7) quanto nos últimos sete anos (RR = 2,5; IC95% 1,7-3,8). CONCLUSÕES: A violência por parceiro íntimo está associada à incidência de transtornos mentais comuns nas mulheres. É fundamental o tratamento das consequências da VPI e o apoio às mulheres na busca de proteção para si pelos serviços públicos.


Language: pt

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