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Journal Article

Citation

Marques M, Viveiro C, Passadouro R. Acta Med. Port. 2013; 26(2): 133-138.

Vernacular Title

Uma Velha Questão numa População Jovem: o Consumo do Álcool nos Adolescentes Escolarizados.

Affiliation

Serviço de Pediatria. Centro Hospitalar Médio Tejo. Tomar. Portugal.

Copyright

(Copyright © 2013, Centro Editor Livreiro da Ordem dos Medicos)

DOI

unavailable

PMID

23809745

Abstract

Introduction: Adolescents crave for new experiences. Alcohol consumption arises in this context as an attitude trivialized and sometimes even urged socially, since access to alcohol is facilitated. It is associated to risky behaviors, with serious consequences for public health.

Material and Methods: A descriptive cross-sectional through an anonymous questionnaire applied to pupils in the district of Leiria.

Results: The final sample consisted of 405 individuals, 56% female, mean age of 16.5 ± 1 years (15 - 18 years). The majority (48%) attended the 10th grade, 15.4% had reproved at least once. Ninety percent of the individuals had already consumed alcohol, at least once. The first contact with the alcohol was preferentially with friends (63%) in most cases due to curiosity (47%). The results showed higher rates of beer consumption and higher educational failure in males compared to females, which had a higher consumption of dis- tilled beverages. In both sexes, there was a tendency for “binge drinking”. The majority of the individuals (60%) consumed an average of 2-3 glasses per occasion but about 30% of boys reported consuming more than 4 drinks per occasion (7% until they are drunk), a trend that was not observed in girls. Most consumption took place in bars and nightclubs (60%). It was found that 41% of respondents went out at night at least once a week, 66% started out at night between 13 and 15 years of age, when they went 70% used to drink alcohol and 9% had experienced drugs at least once. When asked about false myths about alcohol, about 20% of young people felt that alcoholic beverages may quench your thirst, 34% believed that alcohol whet your appetite, 15.4% believed that there was no problem driving if they had not drunk a lot.

Conclusion: The pattern of alcohol consumption in these adolescents is worrisome and with characteristics similar to those reported in other European studies. A strategy is needed urgently to change this old paradigm.

Keywords: Adolescent; Adolescent Behavior; Alcohol Drinking; Students.


Language: pt

Vernacular Abstract

Introdução: É principalmente na adolescência que os jovens procuram novas experiências. O consumo de álcool surge neste contex- to como uma atitude banalizada e, por vezes, até incitada socialmente, já que o acesso a bebidas alcoólicas é facilitado. Associa-se a comportamentos de risco, com consequências sérias do ponto de vista de saúde pública. O nosso objectivo é caracterizar os padrões de consumo de álcool numa amostra de adolescentes residentes no distrito de Leiria.

Material e Métodos: Estudo transversal, descritivo, através de um questionário anónimo aplicado em alunos do distrito de Leiria.
Resultados: A amostra final foi de 405 indivíduos, 56% do sexo feminino, com idade média de 16,5 ± 1 anos (15 - 18 anos). A maioria (48%) frequentava o 10o ano, 15,4% reprovaram pelo menos uma vez. Noventa por cento dos inquiridos afirmaram ter experimentado bebidas alcoólicas pelo menos uma vez. O primeiro contacto com o álcool ocorreu preferencialmente com amigos (63%), na maioria dos casos por curiosidade (47%). Os resultados apontaram para maiores índices de consumo de cerveja e maior insucesso escolar no género masculino, comparativamente ao género feminino, que apresentava um maior consumo de bebidas brancas. Em ambos os sexos verificou-se uma tendência para o binge drinking. A maioria dos inquiridos (60%) consumia 2 a 3 copos por ocasião mas cerca de 30% dos rapazes afirmaram consumir mais de quatro copos por ocasião (7% até ficarem embriagados), tendência que não se verificou nas raparigas. A maioria dos consumos efectuou-se nos bares e discotecas (60%). Constatou-se que 41% dos inquiridos saíam à noite, e 70% ingeriam bebidas alcoólicas; 66% começaram a sair à noite entre os 13 e os 15 anos de idade e 9% já tinham experimentado drogas pelo menos uma vez. Os jovens estão mal informados quanto ao consumo do álcool: 20% achavam que as be- bidas alcoólicas podem matar a sede, 34% acreditavam que abrem o apetite, 15,4% defendiam que não havia problemas em conduzir desde que não se bebesse demasiado.

Conclusão: O padrão de consumo de álcool nestes adolescentes é preocupante e com características semelhantes às descritas noutros estudos europeus. É necessária uma estratégia urgente para mudar este velho paradigma.

Palavras-chave: Adolescente; Comportamento do Adolescente; Consumo de Álcool; Estudantes.

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